A leitura engrandece a alma
- 1 de jun. de 2018
- 3 min de leitura
Apaixonada por livros desde pequena, pedagoga tem coleção com aproximados 300 exemplares

Por: Maicon Adão
Das prateleiras para nossas mentes, o livro nos faz conhecer, sonhar, descobrir e viajar, tudo isso sem sair de casa. Basta folhear suas páginas para descobrir um mundo novo cheio de aventuras e histórias interessantes, com a segurança de poder voltar para a realidade caso encontre pelo caminho algo que lhe assuste. A paixão pela leitura move muitas pessoas, entre elas, Priscilla Bibiano de Oliveira Mendonça, de 40 anos e pedagoga há 13. “Desde quando eu era criança, quando eu tive o meu primeiro contato com a questão da escrita, eu já me apaixonei. E essa paixão na realidade é que me levou aos livros, porque a partir do momento que você começa a escrever é que você quer estar embasando a sua escrita. E assim você vai crescendo.”- revela Priscilla.
A pedagoga conta que seu interesse aumentou após ingressar na vida universitária, aonde começou a comprar cada vez mais livros, hoje, ela conta com cerca de 300 exemplares em sua estante. “Comprava pouco naquela época, a gente sabe das dificuldades em pagar uma faculdade, não tinha condições de compras tantos livros”. – contou a pedagoga. Priscila revela também que lê muito, principalmente livros relacionados à educação, área que atua: “Geralmente eu leio mais os livros técnicos da minha área, então são quase sempre voltados pra área da pedagogia, da área da educação, em especial de autores que foram marcando a minha história. Lá no começo o primeiro autor que eu que eu me apaixonei foi o Rubens Alves, que fala desta questão da paixão por ensinar, e depois veio o Leonardo Boff e atualmente até pela pesquisa que eu venho fazendo no mestrado, sem dúvida alguma Paulo Freire.” – disse a pedagoga.
Paulo Reglus Neves Freire, ou somente Paulo Freire, foi um educador, pedagogo e filósofo brasileiro. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio. Essas características do autor inspiraram Priscila já que ela atuou em áreas sociais: “Na época da faculdade, eu tinha ouvido falar da educação popular, não como eu conheço hoje. Então o tempo todo eu trago muito essa questão que é dele, que é a questão da morosidade também, da proximidade com o educando.” – contou.

O mundo dá voltas e revela grandes surpresas, fã assumida de livros, Priscilla tem preferência principalmente por livros técnicos devido sua profissão, mas, gosta muito de narrativas e contos. Ao perguntar se ela acredita que a tecnologia um dia acabe com a versão física do livro, já que existem versões em sites, ela é bastante enfática em sua resposta. “Não acredito, eu penso que uma grande dificuldade hoje é a questão do acesso pela questão financeira, isso eu penso que é algo que pega”. – disse.
Por fim, Priscilla diz que se ela fosse uma obra literária seu título seria “Eu acredito em um mundo melhor.” “Assim como Paulo Freire faz a dedicatória dele na obra ‘Pedagogia do oprimido’, para os esfarrapados do mundo ou pra aqueles que nele se descobrem, eu me descobri em esfarrapados pelo mundo, venho descobrindo. Então não minha dedicatória não ser nesse sentido.” – finaliza Priscilla.
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