VIDA VIVA: Solidariedade e amor ao próximo
- 1 de jun. de 2018
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A criação da associação se deu após Meryvone, presidente e uma das fundadoras, passar por uma situação complicada em sua vida

Por Maicon Adão
A Associação do Voluntariado Vida Viva, atende pacientes de Varginha e região que fazem tratamento de câncer no hospital Bom Pastor. Funcionando de segunda a sexta, seu objetivo é o atendimento assistencial aos pacientes oncológicos. Em uma localização estratégica próxima ao hospital, o Vida Viva presta diversos serviços aos que necessitam, através de diversas ações para suprir as necessidades materiais e alimentares dos pacientes. Com isso, os atendidos que enfrentam uma dura rotina com o tratamento, tem um ambiente que os acolhe fora do ambiente hospitalar.
A criação do Vida Viva se deu após Meryvone Mansur Biscaro, presidente e uma das fundadoras, passar por uma situação complicada em sua vida: “O meu pai e a minha mãe tiveram câncer, e os dois foram tratados no A.C. Camargo, em São Paulo. Ao ver o voluntariado de lá, que chama Rede Feminina, eu descobri que era aquilo que eu queria fazer. Então foi em 1995, quando abriu a oncologia em Varginha, a Lígia Inês Braga, assistente social da oncologia do hospital Bom Pastor, que era muito minha amiga, sabia do que eu queria fazer e me chamou. Eu fui a São Paulo pra ver como funcionava o voluntariado, e nós começamos com cinco voluntárias, 10 garrafas de leite e de café, um lanche pra eles e pros acompanhantes. Tivemos o apoio do então prefeito Toninho, que hoje é nosso prefeito de novo, graças a ele e ao seu Mário Terra, que era o diretor do hospital Bom Pastor, nós conseguimos começar o Vida Viva.” – contou.
Desde sua criação já se passaram 23 anos e a quantidade de atendimentos e de colaboradores também aumentou. Atualmente a associação conta com duas sedes na cidade e uma equipe de diversos profissionais como administradora, advogada, assistente social, psicóloga, farmacêutica, recepcionista, setor financeiro, motorista, merendeira e auxiliar de serviços gerais. Atualmente o Vida Viva possui 32 funcionários, 172 voluntárias e presta mais de 2.000 atendimentos por mês. “A nossa finalidade é ter o paciente como foco, ele é a principal pessoa de todo voluntariado, aqui a casa é dele, e nós procuramos primeiro acolhe-los. O amor, a solidariedade, o respeito, o ouvir, isso nos levou a aumentar cada vez mais, porque eram as maiores necessidades. A maioria são pessoas carentes, e quanto maior é a carência menos eles reivindicam, então são aqueles que nós temos que ir atrás para ajudar, para isso nós temos duas psicólogas e uma assistente social. Agora nós temos também um corpo jurídico que trata da aposentadoria e dos benefícios. Para defender os direitos deles e para conseguir os remédios de uso contínuo.”- conta Meryvone.

A entidade sobrevive através de doações, que são muito importantes, apenas com remédios são gastos de R$ 25.000,00 a R$ 40.000,00 por mês. A presidente ressalta que quem não puder ir até a sede da instituição eles vão buscar. “Nós vamos buscar em casa, é só telefonar no 3690-2900, e nós mandamos buscar, ou se a pessoa quiser nos visitar é um grande prazer, porque a maioria dos doadores mensais não conhecem o Vida Viva.”.
Por fim, Meryvone conta o que a motiva continuar com esse trabalho: “Primeiro eu tenho que agradecer muito a Deus a cura do meu pai e da minha mãe, que já faleceram, mas não faleceram devido ao câncer, a minha mãe teve câncer três vezes e o meu pai duas, então eu tive a graça deles terem qualidade de vida devido ao tratamento, dos voluntariados que atenderam cada um na cidade. É esse amor ao próximo, a renovação de vida que a gente tem aqui dentro, é não reclamar da vida quando você vê tantos problemas de pobre, doente, e sem como ter como tratar, então é essa motivação. Eles precisam de nós”, finaliza.
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